EDUCAÇÃO INCLUSIVA PELA VISÃO DE Jumar Adorno

Uma grande discussão tem sido levantada todas as vezes que profissionais da educação cita algo relacionado à inclusão. A inclusão é uma inovação, mas infelizmente precisa ser compreendido pelos que se atrevem defendê-la ou a renegá-la. Quando digo que o tema em questão precisa ser compreendido não me refiro só aos profissionais de educação, mas a todos os segmentos sociais. Digo aos que ignoram a inclusão, que não se trata de uma inovação que surgiu da fumaça; não se trata de um ideal de filósofo sonhador. A inserção de alunos com algum tipo e grau de déficit é um direito garantido pela Constituição. Portanto, antes de se achar no direito de manipular as ações inclusivas ao seu bel prazer ou usá-las como forma de promover-se como profissional, entenda que se trata de algo constitucional, logo, é obrigação de todos porque a Lei é soberana.
Não vou parar por aqui, vou começar a polemizar. Fico a ponto de um ataque de nervos quando um professor enche o peito e diz: “No momento estou focado no meu projeto inclusivo”. Até aí tudo bem. O problema é que começa a se sentir melhor que aqueles discretos professores que nada fizeram a favor da inclusão a não ser ter votando em um político que sabe, entre outras coisas, que a Constituição existe para ser parâmetro de qualquer ação, sobretudo publica (aí está o ato de grandeza). Nossa briga não deve ser contra um soldado inimigo chamado exclusão; há todo um exército a ser combatido chamado utopia.
Portanto meus caros, antes de virar tema de congresso educacional ou de semana pedagógica, a inclusão é um assunto de gestão publica e que não pode se sobrepor à educação como um todo. Não tenho nada contra esta febre de “eventos inclusivos”, mas prefiro ir direto à fonte; prefiro cobrar ações mais significantes. Existe mais gente sofrendo por conta do sistema educacional decadente do que por falta de inclusão. A questão inclusiva é apenas a ponta do iceberg. A educação inclusiva é um direito do cidadão e um dever do estado, mas não vou agir como se estivesse pedindo esmola. Acredito que o princípio democrático da educação para todos só será efetivo quando tivermos uma educação de qualidade e menos utópica. A inclusão será natural.

Por Jumar Adorno

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