Educação Especial versus Educação inclusiva

Um parâmetro importante e gerenciador da elegibilidade educacional perante quadros de deficiência tem sido o da gravidade do déficit nas suas formas física, mental, auditiva ou visual. Argumenta-se sobre a necessidade de um ambiente altamente diferenciado, que disponibilize, por exemplo, equipamentos especificamente adaptados às necessidades da pessoa com prejuízos intelectuais, sensoriais ou motores em grau severo. Essa indicação seria inquestionável do ponto de vista clínico-funcional, se não houvesse a possibilidade de o usuário de um serviço especializado e diferenciado ser segregado.
Ademais, é preciso considerar que a quantificação de gravidade de uma deficiência auditiva, visual, intelectual ou da motricidade não se reduz à avaliação de capacidades funcionais específicas. Atenção também deve ser dada à demanda ambiental, pois a expressão de competências individuais emerge da interação da pessoa com o meio. Significa que as incompetências individualmente manifestadas e socialmente reconhecidas são também determinadas pelas exigências do meio.

Diante dessas considerações, pode-se entender que os atributos da pessoa não são os únicos fatores a influir sobre a gravidade de suas disfunções ocupacionais, e que o grau de prejuízo funcional de uma deficiência varia dependendo da atividade de vida que se constitui em parâmetro da avaliação. Por exemplo, uma mesma condição de acometimento da coluna vertebral pode caracterizar um grau suficientemente severo de deficiência para a concessão de BENEFICIO, mas não necessariamente justificar a exclusão escolar, porquanto o limiar de exigência de autonomia e produtividade do sujeito no plano profissional não se aplica ao plano educacional, principalmente nas séries iniciais do ensino fundamental. Com isso, percebe-se que a gravidade de uma deficiência tem diferentes leituras, requerendo uma compreensão ampla e nas mesmas direções do conceito de deficiência.
Por outro lado a chamada educação inclusiva prega que SE ENTENDE O PROCESSO DE INCLUSÃO DOS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS OU DE DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM NA REDE COMUM DE ENSINO EM TODOS OS SEUS GRAUS. Da pré-escola ao quarto grau. Através dela se privilegiam os projetos de escola, que apresenta as seguintes características:
. Um direcionamento para a Comunidade - Na escola inclusiva o processo educativo é entendido como um processo social, onde todas as crianças portadoras de necessidades especiais e de distúrbios de aprendizagem têm o direito à escolarização o mais próximo possível do normal. O alvo a ser alcançado é a integração da criança portadora de deficiência na comunidade.
Vanguarda - Uma escola inclusiva é uma escola líder em relação às demais. Ela se apresenta como a vanguarda do processo educacional. O seu objetivo maior é fazer com que a escola atue através de todos os seus escalões para possibilitar a integração das crianças que dela fazem parte.
Agora que temos uma noção do que é cada uma cabe a nós a indagação o que realmente é melhor para essas crianças o simples ato da inclusão ou a educação especial ?
Tenho contato direto com duas crianças portadoras da s.d e apesar de apresentarem o mesmo problema cada uma delas tem suas peculiaridades e grau de desenvolvimento distinto mas , não podemos esquecer que existem limitações e um tempo diferente no quesito aprendizagem.
Não se pode em hipótese alguma comparar uma criança de 10 anos por exemplo sem deficiência com uma que possua algum tipo de problema penso que deve -se incluir sim porém com o acompanhamento de um profissional habilitado a lidar com crianças especiais e assim ensinar as crianças a lidar com o diferente .A educação especial e a inclusiva obteriam melhores resultados se caminhassem juntas e não de forma isolada como vem sendo proposto atualmente . Todos tem direito a educação com respeito a seu tempo e capacidades . Só desta forma é que esse país será o país de todos.

Autora :ADRIANNE MENDONÇA

Referência utilizada : REV BRAS DE EDUCAÇÃO ESPECIAL E LIVROS ESPECIALIZADOS.

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