Polícia quer quebra de sigilo de e-mail e Orkut de jornal da farmácia

A Polícia Civil de São Paulo deve pedir à Justiça a quebra dos sigilos de e-mail e do Orkut de “O Parasita”, jornal produzido por alunos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP. O pedido será feito pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) nos próximos dias. A publicação distribuiu recentemente pela internet uma edição com um artigo que incitava a homofobia e violência contra gays.

O objetivo da Decradi é identificar e localizar os responsáveis pelo periódico eletrônico, que na sua edição de março/abril convocou estudantes do campus a jogar fezes em homossexuais. Em troca, o jornal oferecia de graça um convite para a tradicional "Festa Brega" do curso de farmácia.

A delegada da Decradi Margarette Barreto instaurou nesta segunda-feira (26) inquérito contra o jornal para apurar a suspeita de ele ter cometido incitação ao crime de injúria. Como a homofobia não é crime, caberá à Comissão Processante Especial da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo investigar o caso. O órgão também recebeu a denúncia e deve abrir processo administrativo.

"Vamos localizar quem fez a publicação a partir da quebra do sigilo destas contas do correio eletrônico [e-mail] do jornal e da página de relacionamentos [Orkut] que ele mantém", afirmou nesta segunda ao G1 a delegada Margarette.

Na esfera criminal, os responsáveis pelo artigo podem ser presos por até seis meses, caso sejam considerados culpados. Na comissão, poderão ser multados. O valor mínimo é de R$ 15 mil.
O texto que gerou toda a polêmica é assinado por "Joãozinho Zé-Ruela", pseudônimo do autor. Nem ele nem os responsáveis pelo jornal foram encontrados pelo G1 para comentar o assunto. A reportagem enviou dois e-mails para o correio eletrônico de "O Parasita", mas até às 16h desta segunda não havia obtido resposta.

FONTE : G1

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