Parto induzido tem ligação com risco elevado de autismo, diz estudo


Pesquisadores afirmam que crianças do sexo masculino são mais vulneráveis

Os cientistas ainda não conseguiram descobrir com precisão quais são as causas do autismo, mas existem alguns hábitos que são conhecidos por aumentar seu risco, como fumar durante a gravidez. Agora, um novo estudo da Universidade de Duke (EUA) descobriu que induzir o parto também está relacionado com o autismo, principalmente se a criança for um menino.

O trabalho, publicado online em 12 de agosto no JAMA Pediatrics, analisou os registros de nascimento de mais de 625 mil bebês nascidos na Carolina do Norte entre 1990 e 1998, que foram comparados com os registros de diagnóstico de autismo feitos posteriormente em escolas públicas. Segundo os autores, 1,3% dos rapazes e 0,4% das meninas foram diagnosticadas com autismo. Especificamente, meninos nascidos de mães cujo trabalho foi induzido eram 35% mais propensos a desenvolver autismo, em comparação com aqueles que nasceram sem indução. Entre as meninas, apenas o estímulo durante o trabalho de parto foi associado com um risco aumentado para o autismo. A relação foi encontrada mesmo depois de controlados outros fatores, como a idade da mãe.

Induzir o trabalho de parto envolve estimular as contrações antes do parto começar usando uma droga chamada ocitocina. Já o estímulo durante o parto é o uso da ocitocina em grávidas que entraram em trabalho de parto, mas estão com dificuldades para fazer a criança nascer.

Os especialistas afirmam que a indução ao parto com indicação médica não deve ser ignorada por conta dos resultados do estudo, e que as novas descobertas são um ponto de partida para uma maior investigação sobre o mecanismo específico que pode causar a relação entre autismo e indução ao parto. Segundo os cientistas, ainda não é possível afirmar se é a droga usada para acelerar o parto a responsável pela relação, ou se são as eventuais condições físicas da grávida que precisa fazer a indução. 

Estimule o desenvolvimento da criança com autismo 
Diferente do que propõe o senso comum, o autismo não retira uma pessoa do convívio social. Sem dúvida, as habilidades de comunicação são prejudicadas quando há esse tipo de disfunção, mas os estímulos cognitivos realizados na intensidade adequada e com profissionais especializados são capazes de reverter alguns padrões de comportamento. "O autismo é uma síndrome comportamental de base neurobiológica, caracterizada por dificuldades de interação social e de comunicação e por padrões restritos de comportamento", afirma a psiquiatra Letícia Calmon Amorim, da AMA (Associação de Amigos dos Autistas) de São Paulo. Mas o tratamento disponível hoje em dia pode estimular uma criança a se desenvolver e ganhar mais independência. Não se conhece a causa exata do autismo, tampouco existe cura. Conheça as atividades que ajudam no desenvolvimento da criança que tem essa disfunção.
Fonte  :  minhavida.com.br

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